Após protesto, presidente do Botafogo evita dizer que Libertadores é obrigação

Carlos Eduardo Pereira disse que Libertadores é o maior objetivo do Botafogo, mas não falou em ser obrigação
Carlos Eduardo Pereira disse que Libertadores é o maior objetivo do Botafogo, mas não falou em ser obrigação Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Augusto Decker

Após um protesto contra a delegação do Botafogo nesta quinta-feira, quando a equipe desembarou no Rio de Janeiro, o presidente do clube, Carlos Eduardo Pereira, afirmou que a manifestação não vai mudar o trabalho do clube. Em relação ao principal pedido da torcida, a classificação para a Libertadores do ano que vem, Pereira afirmou:

– Esse é o nosso objetivo, claro. Mas é objetivo, não obrigação. Obrigação no futebol é uma coisa complicada… Ninguém entra numa competição para perder. Todos querem ganhar, ficar na melhor posição possível. Estamos nessa competição para buscar a melhor posição, sempre – disse, em contato telefônico com o EXTRA.

As palavras do presidente são parecidas com as do técnico Jair Ventura, que sempre lembra do orçamento relativamente baixo do futebol do clube.

O presidente não quis dizer se, para ele, o protesto se tratava de uma ação política – já que o Botafogo terá eleições em novembro deste ano. O próprio CEP é candidato a vice-presidente e o vice atual, Nelson Mufarrej, concorre ao cargo principal. Eles disputam contra a chapa formada por Marcelo Guimarães e Mauro Sodré.

– Isso é possível, porque temos eleições em breve. Mas eu ainda não tive tempo de conversar com a delegação e não sei quem estava lá protestando, então não posso falar com convicção. Tenho uma agenda para cumprir hoje e ainda não consegui tratar disso com mais detalhes.

Quanto ao impacto que essa manifestação terá no trabalho feito pela diretoria, ele disse que será mínimo.

– Não muda, de jeito nenhum. O trabalho que está sendo feito é o mesmo do início do ano. Não muda nada – concluiu.

Cerca de dez torcedores com camisas de organizadas receberam a delegação alvinegra com protesto nesta quinta-feira após o empate com o Avaí. Eles pediram uma mudança de postura no time e exigiram a classificação para a Libertadores.

Quem mais ouviu reclamações foi o gerente de futebol Antônio Lopes. Os torcedores pediram contratações do nível de quem saiu – Camilo, Montillo e Sassá. Lopes respondeu que está tentando novos nomes.

Atletas que, na opinião dos torcedores, não estão se comprometendo o suficiente também ouviram. Bruno Silva foi o principal deles. Também falou-se no atacante Guilherme. Ambos, segundo torcedores, iam demais para a “noitada”, o que atrapalhava seus rendimentos em campo.

O gerente de futebol, Antônio Lopes, parou para ouvir os torcedores. Ele foi solícito, exceto quando os manifestantes gritaram

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