Base governista muda estratégia para assumir comando da CPMI dos Atos Terroristas de 8 de janeiro

Nova estratégia para controlar o colegiado visa ocupar a presidência para direcionar o andamento dos trabalhos da comissão e deixar a relatoria para a oposição

Plenário do Senado e bolsonaristas radicais são detidos no Palácio do Planalto
Plenário do Senado e bolsonaristas radicais são detidos no Palácio do Planalto (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado | REUTERS/Ueslei Marcelino)

A base governista que integra a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que será implementada na quinta-feira (25) com o objetivo de investigar os atos terroristas que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes por parte de militantes bolsonaristas e de extrema direita, em Brasília, no dia 8 de janeiro, delineou uma nova estratégia para controlar o colegiado, buscando ocupar a presidência e deixando a relatoria para a oposição.

Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, a avaliação no governo é de que, uma vez que já possuem a maioria entre os membros do colegiado, é importante também assumir a presidência para poder direcionar o andamento da comissão, definindo quais requerimentos de convocação serão incluídos ou retirados da pauta.

Um outro ponto avaliado para a mudança de estratégia é que com a maioria dos membros da comissão ao seu lado, o governo pode derrotar um eventual relatório final desfavorável por meio da apresentação de um substitutivo. Atualmente, a base estima contar com o apoio de 21 dos 32 membros da CPMI.

Inicialmente, havia um acordo para que o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA) assumisse a presidência da CPMI, enquanto o senador Eduardo Braga (MDB-AM) ficaria com a relatoria. Com a mudança, o comando do colegiado ficaria com Braga.

Ainda segundo a reportagem, as negociações devem continuar ao longo desta quarta-feira e caso não haja um acordo, senadores governistas cogitam adiar a formação do colegiado para a próxima semana.

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