Bolsonaristas cobram de Jerônimo aquilo que Bolsonaro nunca teve

Governador Jerônimo Rodrigues
Governador Jerônimo Rodrigues – 
– Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta! Fazia no pacote. Bota uma ‘enchedeira’. Sabe o que é uma ‘enchedeira’? Uma retroescavadeira, bota e leva tudo para a vala!

Eis o discurso de Jerônimo feito sexta passada, em João Dourado, que tanta repercussão deu. O próprio pediu desculpas, disse que a fala dele foi ‘descontextualizada’. Os bolsonaristas da Assembleia caíram matando.

O deputado Leandro de Jesus(PL) protocolou pedido de impeachment e denunciou ao MP. O colega Diego Castro (PL) encaminhou denúncia ao STF.

ÓDIO – Mas, por incrível que pareça, foi o próprio Bolsonaro quem botou a coisa nos eixos: “É o discurso de ódio que pode”. Ou seja, está dizendo que Jerônimo fez aquilo que ele e seguidores sempre fizeram. Ainda deputado e também presidente, Bolsonaro soltou frases antológicas. Há uma coletânea. Veja algumas:

1 – “O erro da ditadura foi torturar e não matar”.

2 – ”Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre”.

3 – ”Eu jamais ia estuprar você porque você não merece” (dirigindo-se à deputada Maria do Rosário, do PT-RS).

4 – ”Chega de frescura e mimimi’”, quando a pandemia já contabilizava 260.970 mortos. Em suma, Jerônimo pode ter sido infeliz, mas quem está cobrando moral no caso,não tem. É a mensagem certa na mão do mensageiro desqualificado.

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