Carlos Bolsonaro pagou home office com cartão corporativo enquanto criticava “lockdown” na pandemia

Maneira como Carlos participava das reuniões – com a câmera desligada – fez com que a Câmara do Rio mudasse o formato híbrido das sessões legislativas. Filho de Jair Bolsonaro ironizou a medida.

Carlos Bolsonaro.Créditos: Redes Sociais
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Vivendo nos EUA desde a véspera do Natal, quando fugiu para Atlanta antes do fim do governo do pai, Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) pagou diárias de hotel em Brasília durante a pandemia com o cartão corporativo da Presidência da República para trabalhar em sistema home office na Câmara do Rio de Janeiro.

Segundo reportagem de Igor Mello, no portal Uol nesta quarta-feira (25), Carlos pagou R$ 2,3 mil em 11 diárias no Hotel Nobile Suítes Monumental, na capital federal, entre 12 e 22 de março de 2021. A nota fiscal foi divulgada pela Agência de Dados Fiquem Sabendo via Lei de Acesso à Informação (LAI).

No dia 18 de março, quando participou de duas sessões da Câmara em sistema home office no quarto do hotel, Carlos Bolsonaro divulgou um vídeo do pai atacando o isolamento social, o chamado “lockdown”, uma das medidas para conter a propagação do coronavírus.

“Aumento de impostos, fique em casa e economia vemos depois: como governadores e prefeitos têm agido! A falta de bom senso e razoabilidade leva o país ao caos”, escreveu junto ao vídeo.

O filho do ex-presidente participou de maneira remota de outras três sessões realizadas durante seu período de hospedagem em Brasília.

A forma como Carlos participava das reuniões – com a câmera fechada e quase sempre sem fazer nenhuma intervenção – fez com que a Câmara do Rio mudasse o sistema de participação remota, obrigando os vereadores a ligarem o vídeo.

Para ironizar a medida, Carlos participou da sessão de 23 de março com a câmera ligada, mas direcionada a um banner com sua foto.

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