A deputada federal Lídice da Matta (PSB), presidente  do diretório estadual de seu partido, comentou o resultado das eleições municipais na Bahia e a vitória de Bruno Reis (DEM) em Salvador. Segundo ela, a manutenção do grupo político do prefeito ACM Neto no comando da capital baiana não pode ser encarada como surpresa.

“Eu acho que não chega a ser uma grande novidade a vitória do DEM em Salvador. O prefeito estava bem avaliado. As pesquisas declaram isto, inclusive as quantitativas. Houve um esforço de reagir a isto com apresentação de quatro candidaturas da oposição: Bacelar, Olívia, Isidório e Denice. Tenho uma opinião antiga, mas acho que ainda está em voga, vamos dizer assim. O centro-esquerda em Salvador precisava estar junto. Todas as vezes que nós estamos juntos, conseguimos ter um impacto maior, tanto na saída da candidatura, na força que juntamos, como na força de chegada”, disse Lídice, em entrevista a Mário Kertész hoje (16), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole.

Ainda segundo Lídice, o governador Rui Costa (PT), também teve papel importante no pleito soteropolitano. “Rui demonstrou ser um guerreiro como sempre. Teve integrando toda a campanha e participando em toda a campanha. Não deixou dúvida de que sua candidata era Denice. Mas mesmo com esse esforço de virada, a pandemia foi determinante e indicava uma necessidade de mudança de estratégia e no fim mudou”, afirmou a parlamentar.

Lídice da Matta comentou ainda o resultado do Pastor Sargento Isidório (Avante) nas eleições e como ele teve a imagem retratada na campanha. “A candidatura de Isidório foi destruindo uma estratégia errada para ele, que não conseguiu manter sua força, tanto porque as pessoas não o enxergavam como candidato a prefeito. Minha sincera e humilde opinião, a candidatura desconstruiu a imagem de Isidório para o seu público. Mesmo não tendo a capacidade desejada pelos eleitores para assumir a candidatura em Salvador, ele era alguém que tinha uma referência de trabalho nas áreas de trabalho da cidade, que merecia se manter no voto”, apontou.