Ciro Nogueira: Lira não será ‘cordeirinho’ na Câmara, mas Lula não precisa temer impeachment

“Não vejo nenhum tipo de sobressalto e surpresa de Lula com Arthur”, afirmou o ministro bolsonarista

www.brasil247.com - Ciro Nogueira
Ciro Nogueira (Foto: Isac Nóbrega/PR)
 

Sputnik –  Para ministro-chefe da Casa Civil relação entre líder da Câmara e presidente eleito deve ser “independente” e petista não deve temer “processos de impeachment” ao longo do mandato.

Ontem (29), o Partido dos Trabalhadores e o Partido Socialista Brasileiro oficializaram seu apoio à reeleição do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), para a presidência da Câmara, conforme noticiado.

Entretanto, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, declarou que seu partido, o Progressistas, será “oposição” ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e que a relação entre o petista e o presidente da Câmara será “independente”, segundo o UOL.

“Não vai ser um cordeirinho que vai ‘tratorar’ para aprovar as coisas do governo. Vai ser independente, como todo presidente [da Câmara] deve ser”, disse o ministro sobre Lira.

Nogueira também pontuou que o “grande fator de preocupação” em relação ao posto de Lira é a prerrogativa de abrir processos de impeachment contra o presidente: “Mas não vejo nenhum tipo de sobressalto e surpresa de Lula com Arthur”, afirmou.

Contra o presidente, Jair Bolsonaro (PL), há 145 pedidos, relata a mídia.

Ciro Nogueira tem criticado o modo como a equipe do petista tem conduzido a PEC da Transição, que busca sobretudo garantir recursos para bancar o Bolsa Família fora do teto de gastos. O ministro bolsonarista classifica os termos em que o texto tem sido tratado como “absurdos”.

“É uma PEC que espero que seja aprovada, mas não dessa forma absurda que o governo apresentou. Acho que nem o governo acredita que ela seja aprovada tão ampla como essa. Se ela viesse a ser aprovada, cassaria o mandato dos parlamentares que ainda nem assumiram”, afirmou.

Na visão de Nogueira, é um “disparate” achar que o governo “com uma base de 120 deputados, poderia ter 308 votos em uma PEC tão ampla como essa, que depende de muito boa vontade da oposição para aprovar, se não, não aprova em 20 dias”, complementou.

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