Com falha de Gatito, Botafogo perde para o Atlético-PR em casa

Rodrigo Pimpão, do Botafogo, lamenta uma chance desperdiçada contra o Atlético-PR
Rodrigo Pimpão, do Botafogo, lamenta uma chance desperdiçada contra o Atlético-PR Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo
Bernardo Mello – O Globo

A chuva que desabou neste sábado, no Rio, colaborou com a sensação de que o Botafogo levou uma ducha de água fria no Nilton Santos. Na expectativa de buscar o G-4, a torcida alvinegra se frustrou com a derrota por 1 a 0 diante do Atlético-PR. O resultado faz o Botafogo perder a quinta posição para o Cruzeiro, e ficar sob risco de ser ultrapassado pelo Flamengo, sétimo, que joga neste domingo contra o Palmeiras.

No Atlético-PR, o Botafogo encontrou um adversário que soube deixá-lo desconfortável como poucos conseguiram neste ano. Com sua marcação por zona bem encaixada e suas variações de posicionamento, a equipe de Fabiano Soares confundia o time carioca. Normalmente adotava duas linhas de quatro jogadores para se defender, com Ribamar e Guilherme à frente. Ao retomar a bola, deixava apenas Pavez e Lucho González à frente da zaga, recuando Guilherme para armar o jogo no meio de um trio que contava com Sidcley e o insinuante Pablo. Desta forma, Soares conseguia não só amarrar o Botafogo como explorar os espaços que apareciam quando os volantes alvinegros subiam.

Além do nó tático, o Botafogo sofria com atuações individuais pouco inspiradas. Sem opções, a cadência de Rodrigo Lindoso tornava-se lentidão na saída para o ataque. Marcos Vinícius, Brenner e até o incansável Bruno Silva tampouco conseguiam dar velocidade ao time. Outro Rodrigo, o Pimpão, teve a melhor chance do primeiro tempo, mas cabeceou para fora após cruzamento de Bruno Silva — sem marcar gols há 15 partidas, o atacante irritou a torcida e nem voltou para a etapa final.

GATITO FALHA E ATLÉTICO MARCA

O maior problema, no entanto, foi o fraco rendimento de Gatito Fernández. É verdade que o Atlético-PR sentia-se mais à vontade no primeiro tempo, mas não traduzia a postura em supremacia ofensiva e tinha poucas chances reais. Nas duas que teve, porém, contou com a colaboração do goleiro.

Na primeira, aos 23, Guilherme finalizou e Gatito espalmou perigosamente para o meio. Ribamar, ex-Botafogo, quase aproveita o rebote. Pouco depois, aos 30, Guilherme deu chute quase despretensioso. Gatito se enrolou ao tentar segurar e jogou a bola para dentro do gol.

— Era uma bola fácil — admitiu o goleiro. — Foi um erro meu, tenho que aceitar.

Vendo seu time neutralizado em casa, e escutando vaias da torcida na saída para o intervalo, Jair Ventura não economizou nas substituições. Além de voltar para o segundo tempo com Guilherme no lugar de Pimpão, não demorou a sacar Marcos Vinícius para lançar Leo Valencia, que tinha o nome gritado pela torcida enquanto estava no banco.

O empate quase saiu de um cruzamento do chileno aos 31, mas Guilherme cabeceou para fora. As alterações, porém, em nada impactaram o principal: a dificuldade para desarrumar a marcação do Atlético. Irritada, a torcida vaiou a derrota no fim.

FICHA DO JOGO: BOTAFOGO 0 X 1 ATLÉTICO-PR

Botafogo: Gatito Fernández, Arnaldo, Carli, Emerson Silva e Victor Luís (Gilson); Lindoso, Bruno Silva, João Paulo e Marcos Vinícius (Leo Valencia); Rodrigo Pimpão (Guilherme) e Brenner.

Atlético-PR: Weverton, Jonathan, Paulo André, Thiago Heleno e Fabrício; Pavez, Lucho (Eduardo Henrique), Sidcley (Lucas Fernandes), Guilherme e Pablo ; Ribamar (Éderson).

Gols: 1T: Guilherme aos 30 min.

Juiz: Anderson Daronco (Fifa/RS)

Cartões amarelos: Éderson.

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