Comandante da PM inicia negociação e quer reajuste aprovado até o Carnaval

Foto: Margareth Andrea/JC
Foto: Margareth Andrea/JC

 

Quase um mês após o início da operação padrão dos policiais militares, em que se negam a cumprir as jornadas extras previstas em programa da categoria, o coronel Carlos D’Albuquerque, comandante da corporação, participou nesta quarta-feira (4) de uma reunião com o Governo do Estado. Apesar de não ter um prazo para o fim da negociação pelo reajuste de PMs e bombeiros, pretende ter o projeto aprovado até o Carnaval, prevendo aumentos salariais desde este ano até 2018.

Uma nova rodada será realizada nesta quinta-feira (5), entre os comandantes e técnicos Secretaria de Administração. “Para debater a nossa proposta e a saúde financeira do Estado”, explica D’Albuquerque. “Estamos construindo os números e fazendo a checagem com as condições do Estado.”

Até o dia 6 de fevereiro, o comandante pretende ter os valores. Com o fim do recesso parlamentar, quer enviar o projeto de lei com os reajustes para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) ainda no início do mês, para que a matéria seja discutida e votada até o fim de fevereiro, antes do Carnaval.

Além do aumento salarial para a tropa, está sendo discutida uma reestruturação dos quadros e do tempo de promoção.

“O problema é no PJES (Programa de Jornada Extra de Segurança, que não está sendo cumprido na operação padrão)”, reconheceu D’Albuquerque. Ao Jornal do Commercio, chegou a afirmar: “O PJES é um câncer que nunca vai sair da Polícia Militar.”

Após a reunião desta tarde, com os secretários de Defesa Social, Ângelo Gioia, e de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, o comandante anunciou que até agosto deverão estar formados 1,5 mil novos soldados, para aumentar o efetivo, que hoje é de 8 mil. Até o fim de janeiro, prometeu 1,6 mil novas viaturas nas ruas.

Para tentar aumentar o efetivo nas ruas enquanto os PMs estão na operação padrão, as férias de janeiro foram canceladas e uma mudança na escala foi feita.

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