Conselho de Ética foi escolhido para não funcionar, diz Cristovam Buarque

Cristovam Buarque - divulgação

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse ao “Estadão” desta segunda-feira (27) que o Conselho de Ética do Senado foi escolhido “para não funcionar”.

Isso porque há vários senadores sendo investigados pela Operação Lava Jato, incluindo dois de Pernambuco – Humberto Costa (PT) e Fernando Bezerra Coelho (PSB), e o Conselho nada fez até agora para investigar a conduta dos acusados.

O Conselho é presidido pelo senador José Alberto (PMDB-MA), aliado do ex-senador José Sarney (PMDB-AP).

“Até agora não recebi nada”, disse o maranhense, ao ser questionado sobre a inércia do Conselho diante das denúncias da Lava Jato. “Mas não vale recorte de jornal e revista. (O pedido) tem que ser robusto para ser levado aos senadores”, disse ele.

O colegiado tem 16 senadores, a maioria de partidos envolvidos na Operação Lava Jato.

“Os integrantes do Conselho foram escolhidos para que ele não funcione. Esse era um momento para ele estar funcionando, pois trabalho tem muito”, afirmou Cristovam Buarque (PDT-DF).

Criado em 1995, o Conselho cassou até agora dois senadores: Luiz Estevão (DF), em 1999, por envolvimento no desvio de recursos da obra do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, Demóstenes Torres (GO), em 2012, acusado de favorecer o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

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