Datafolha que aponta subida de Boulos coloca campanha de Bruno Covas em estado de alerta

Dois fatores assustam os tucanos, a possibilidade alta de abstenção e as acusações sobre o vice de Covas

Por Julinho Bittencourt/Revista Forum
email sharing button

A campanha de Bruno Covas (PSDB) à prefeitura de São Paulo entrou em estado de alerta após a divulgação da última pesquisa Datafolha que apontou crescimento de Guilherme Boulos (PSOL) de cinco pontos percentuais.

A pesquisa mostra que Boulos vem conquistando indecisos e acumulando apoio de eleitores de candidatos derrotados, enquanto o atual prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), vem reduzindo suas intenções de voto.

A menos de uma semana para o pleito, o levantamento aponta que, em votos totais, Covas caiu de 58% na pesquisa da semana passada para 55%. Já Boulos fez o caminho inverso: subiu de 42% para 45%. Agora, a diferença entre os dois candidatos, que já chegou a ser de mais de 20 pontos, é de apenas 10 pontos percentuais.

Os tucanos temem, sobretudo, duas coisas. No primeiro turno, a abstenção foi alta, 29,3%, por fatores que vão do desinteresse à pandemia, passando pela facilidade de justificar ausência na urna via aplicativo.

Nos distritos em que Covas tinha melhor intenção de voto (com moradores mais pobres e menos escolarizados) foram registradas abstenções na casa dos 40%. Além disso, o grupo em que tem melhor desempenho é o dos maiores de 60 anos (73% ante 27% dos válidos).

O segmento soma 22% da amostra do Datafolha. São esses eleitores que podem decidir não ir votar temendo a Covid-19, dados que integram uma das populações sob maior risco de complicações.

O segundo problema que preocupa a campanha tucana é o seu vice, Ricardo Nunes (MDB), acusado de violência doméstica, caso que aparece com frequência em pesquisas qualitativas tanto do PSDB quanto do PSOL. A ficha corrida de Nunes, no entanto, não para por aí. Há também o envolvimento dele com a chamada máfia das creches, conjunto de empresas fornecedoras de conveniadas da prefeitura, que ainda é pouco citado nas qualitativas, mas pode vir a explodir.

Com informações da Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *