Decisão do STF pode custar aos cofres públicos 3,5 bilhões

Há quase um consenso hoje na Câmara Federal, onde se discutem itens da reforma política, de que o Congresso tem que achar uma solução para o financiamento das campanhas políticas. Até 2015 elas podiam ser financiadas com dinheiro de empresas. Mas por provocação da OAB o STF entendeu ser inconstitucional a doação por empresas a candidatos e a partidos. Discute-se agora, então, o financiamento público, que talvez saia mais em conta do que o privado e o caso das empreiteiras investigadas pela Lava Jato são a prova disto. Elas bancavam campanhas de candidatos e depois cobravam a fatura pedindo apoio no parlamento a projetos do seu interesse. Ocorre que, segundo pesquisas recentes, 90% dos brasileiros não admitem que se retire 3,5 bilhões do OGU de 2018 para bancar campanhas políticas. No entanto, como o financiamento privado está proibido por uma decisão do STF e não se faz campanha sem dinheiro, o Congresso caminha para aprovação de um fundo bilionário para custear os gastos eleitorais do próximo ano, ainda que esse não seja o desejo da maioria da população.

O Congresso deve aprovar um fundo eleitoral de 3,5 bilhões para bancar as campanhas de 2018.

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