Em Roma, Segóvia receberá mais de R$ 50 mil

Do blog de Josias de Souza

Demitido de araque do cargo de diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Fernando Segovia não perde por esperar. Ganha. Foi premiado por Michel Temer com o posto de adido da PF na embaixada do Brasil em Roma. Durante três anos, sua renda mensal bruta será de pouco mais de R$ 56 mil. O valor líquido ultrapassará os R$ 51 mil. A cifra equivale a uma vez e meia o salário do presidente da República e dos ministros de Estado, limitado a R$ 33,7 mil, o teto remunetário do serviço público.

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O decreto presidencial que brindou Segovia com a poltrona de adido da PF em Roma foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (2). Ele substituirá o colega Valdson José Rabelo. Os dois estão no mesmo nível da carreira. São delegados da “classe especial”. Graças a essa uniformidade funcional, a remuneração de Segovia no novo posto será equivalente à do antecessor, informou a assessoria da PF.

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Alçado ao comando da PF em novembro do ano passado, Fernando Queiroz Segovia Oliveira durou 99 dias no cargo. Chegou com o aval do núcleo lavatista do PMDB. Deveria conduzir a Operação Abafa a Jato até o final do governo Temer. Mas esqueceu de maneirar. O cartão de visitas de Segovia foi a avaliação de que “uma única mala [com propina de R$ 500 mil] talvez não desse toda a materialidade criminosa de que a gente necessitaria” para caracterizar um ato de corrupção.

 

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Em novembro, já acomodado na poltrona de diretor-geral, o apadrinhado do núcleo bandalho do PMDB passou a receber pelo teto: R$ 34,7 mil brutos. Com os descontos, R$ 33,8 mil. A exemplo do adido Valdson Rabelo, que se despede do posto, Segovia também recebeu “gratificação natalina”. Coisa de R$ 33,7 mil. No seu caso, porém, os abatimentos rebaixaram o teto do contracheque para as proximidades do limite legal. Vão reproduzidas abaixo as imagens extraídas do Portal da Transparência.

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