Fábrica de pipoca Kinitos é interditada por falta de higiene

Delegada Beatriz Gibson, da Delegacia do Consumidor

Delegada Beatriz Gibson, da Delegacia do ConsumidorFoto: Divulgação / PCPE

Uma criança foi socorrida e submetida a tratamento médico com antibióticos depois de ter ingerido pipoca da marca Kinitos com um rato encontrado dentro da embalagem, em uma festa infantil. Os pais da criança procuraram a polícia, que realizou uma inspeção na última sexta-feira (28) na fábrica de pipocas, localizada em Nova Descoberta, Zona Norte do Recife. 

A ação foi realizada pela Delegacia do Consumidor, junto com a Vigilância Sanitária. Pesam contra a fábrica outro episódio de uma criança que passou mal após ingerir um biscoito da mesma marca, cuja data de validade não constava na embalagem, na fábrica da marca em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife (RMR).

A produção de pipoca na fábrica de Nova Descoberta foi interrompido e todo o material que estava sendo produzido e ensacado para comercialização, foi incinerado. De acordo com a delegada Beatriz Gibson, da Delegacia do Consumidor, as condições de produção encontradas na fábrica não eram adequadas aos padrões exigidos, não somente pelo maquinário antigo, mas também pela falta de manutenção e presença de uma área aberta onde eram depositados resíduos da produção que não eram recolhidos periodicamente, como deveria ser.

A Vigilância ainda elencou outros itens que foram revisados pela empresa que só poderá voltar a produzir os alimentos, depois do cumprimento das exigências e de uma nova inspeção para recebimento do aval de funcionamento.

Após o ocorrido o gerente da fábrica foi demitido, mas a delegada informou que isso não dificulta o processo, uma vez que ele responderá pelo período em que trabalhou na empresa. Entretanto o gerente só será ouvido após a conclusão do laudo do Instituto de Criminalística (IC), que recolheu material na fábrica para comparar com o que foi entregue pelas mães das crianças.

Biscoito
Sobre o caso do biscoito sem data de validade, a delegada disse que é preciso que as informações estejam legíveis na embalagem do produto. Este segundo fato se deu em meados de agosto, quando um grupo de mães procurou a empresa para reclamar sobre um rato encontrado também numa embalagem de pipoca em Abreu e Lima.

Como forma de compensação, as mães teriam recebido um kit de produtos e o valor de R$ 500, além de orientações para buscar atendimento médico para as crianças. Uma criança acabou passando mal quando comeu o biscoito que estava no kit entregue pela empresa.

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