Morre o pintor impressionista francês Pierre Auguste Renoir

Sofrendo de forte reumatismo, artista chegou a pintar com os pincéis atados aos punhos no fim de sua vida
Pintor, gravador e escultor francês, Pierre Auguste Renoir, morreu em Cagnes, no departamento dos Alpes Marítimos, no dia 3 de dezembro de 1919. Nascido em uma família pobre, cujo pai era um alfaiate modesto que a duras penas sustentava a família, Renoir começou a pintar em porcelana e em tecidos para ganhar algum sustento. Mais tarde, com alguma economia acumulada, pôde ingressar no ateliê do afamado pintor Charles Gleyre, que não acreditava muito no talento de seu aluno.

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“Bal du Moulin à la Gallette”, que pode ser encontrada no Museu d’Orsay, em Paris

Abandonado à própria sorte por Gleyre, passou a freqüentar o Louvre copiando os grandes mestres. A pintura de Renoir, de início influenciada por Gustave Courbet, encontra seus primeiros traços próprios em 1867. Sua “Lise” é uma obra em que já se encontram firmados os grandes temas caros a ele: a luz e o corpo da mulher.

Trabalhando ao lado de Claude Monet, executou telas dentro de um mesmo espírito de pesquisa: “La Grenouillère” (A Tratadora de Rãs, 1869), depois “Maré aos Canards” (Charco dos Patos, 1873) entre as principais. Uma grande amizade os unia, estimulando-os a intercambiar suas descobertas técnicas. No meio desse período, em 1870, teve início a Guerra Franco-Prussiana. Renoir, alistado na cavalaria, foi enviado a Bordeaux. Retornou a Paris e ao trabalho. Pinta então as animadas ruas de Paris, com destaque para “Le Pont-Neuf” (A Ponte Nova, 1872).

A estada que fez ao lado de Monet em Argenteuil (1873-1874) permitiu-lhe separar a tonalidade, clarear a palheta e estudar todas as transformações da luz. Na casa de Monet, encontrou-se com Edouard Manet, que estava se convertendo à pintura clara. Em meio a uma vida animada, o espírito lúcido dele e de seus colegas os ajudou a descobrirem sucessivas técnicas.

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‘Le Dejeneur aux Canotiers’: outra pintura clássica do artista francês

A primeira exposição do grupo (1874), que Renoir organizou, pôs a nova pintura em evidência. Se a venda em leilão foi um desastre, encontrou pelo menos um admirador de seus quadros: Victor Chocquet, que lhe propôs fazer o retrato de sua mulher. Renoir, prosseguindo suas pesquisas sobre luminosidade da atmosfera, tratou de transferi-las para suas obras de distintos temas: “La Loge” (O Camarim, 1874), “La Première Sortie” (A Estreia, 1876); “Le Moulin de la Galette” (O Moinho da Bolacha, 1876), “Jeanne Samary” (1877) e “Madame Charpentier et ses enfants” (Madame Charpentier e seus filhos, 1878).

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