Na política, não cabe tudo mundo de um lado só

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Ao voltar à Frente Popular em Pernambuco em 2012, com a qual havia rompido 20 anos antes por não ter se submetido à orientação política de Miguel Arraes na definição do candidato frentista à prefeitura do Recife, o senador Jarbas Vasconcelos deixou para trás o isolamento político em que se encontrava. Recebeu em seu escritório político na data do seu aniversário o governador Eduardo Campos e políticos do PSB, DEM, PTB, PSDB, PSD, etc.

Tanta gente de diversos partidos numa festa política pode gerar a falsa impressão de que não há mais oposição em Pernambuco, mas isso não é verdade. A oposição vai aflorar em 2014 da mesma forma que brotou no Recife em 2012. O então prefeito João da Costa, que não foi candidato à reeleição, enfrentou dupla oposição naquele pleito – uma capitaneada pelo PSB de Geraldo Júlio, que venceu a eleição, e a outra pelo PSDB do deputado Daniel Coelho.

O filme da eleição municipal em tudo para ser reprisado em 2014 pela simples e óbvia razão de que não cabe todo mundo de um lado só. Continua valendo a máxima segundo a qual as frentes políticas quando se tornam muito amplas germinam a semente da oposição dentro delas próprias. É o que vai ocorrer em Pernambuco no próximo ano e quem viver, verá. (Inaldo Sampaio)

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