Nasce Madame de Pompadour, uma das pessoas mais influentes da corte de Luís XV

A Marquesa reuniria em seu círculo de amizades as principais autoridades da época e interferiria até mesmo na política externa

Madame de Pompadour, nascida Jeanne Antoinette d’Etiolles Poisson, em 29 de dezembro de 1721, em Paris, foi uma das mulheres mais extraordinárias, cultas e influentes do século XVIII. Inteligente, encantadora, bela, mas, ao mesmo tempo, calculista, via seu papel como o de uma secretária confidencial do Rei Luís XV.

 

Jeanne ingressa em 1726 num convento das Ursulinas para começar seus estudos. Aprende canto, dança, teatro, desenho, gravura e literatura. Em 7 de março de 1741 casa-se com Charles le Normant D’Etiolles, filho do tesoureiro da Moeda e sobrinho do general Charles-François le Normant.

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Em 26 de dezembro de 1741, nasce seu primeiro filho, que viveria apenas poucos meses. Vive uma parte do ano no castelo de Etiolles, perto da floresta onde o rei costumava caçar. Em 25 de fevereiro de 1745, o rei e a futura marquesa se encontram num baile de máscaras organizado por ocasião do casamento do delfim. Luis XV estava fantasiado de ‘arbusto’, semelhante àqueles que cresciam em Versalhes e ela, como ‘pastora’.

Convidada uma outra vez pelo rei, deixa-se seduzir. Recebe o título de marquesa e abandona Etiolles para residir no Palácio das Tulherias. Seu marido é separado de corpos e bens e proibido de se apresentar diante do rei. Jeanne Antoinette é apresentada oficialmente à corte de Versalhes em 14 de setembro de 1745.

Madame de Pompadour governava Versalhes, concedia audiências a embaixadores e tomava decisões sobre todas as questões ligadas à concessão de favores de forma tão absoluta quanto qualquer monarca. Influenciando politicamente as decisões reais, ela se tornou uma empreendedora, incentivando a fundação da fábrica de porcelanas de Sevres.

Começou a dedicar-se à política e a colocar amigos no poder. O Duque de Choiseul, um competente governante, era seu amigo. Contudo, a opinião pública ficava irritada por ver uma amante dedicar-se à grande política. Foi acusada de ser a responsável pela inversão das alianças tradicionais, ao aliar-se à Áustria e entrar em guerra com a Prússia de Frederico, o Grande.

Mulher de bom gosto, envolve-se com personagens importantes das finanças e da política, e passa a exercer um verdadeiro mecenato. Acolhe escritores no mezanino de seu médico, reconcilia Voltaire com o rei, que lhe confere o título de historiógrafo e fidalgo da câmara real. Os artistas multiplicam seus retratos: Latour, Nattier, Van Loo, dentre outros.

Em 1753, por volta do Natal, a marquesa adquire o Hôtel d’Evreux, conhecido atualmente por Palácio do Eliseu, sede do governo francês. Ela herdaria essa propriedade de Luis XV.

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Madame de Pompadour tinha 42 anos no mês de fevereiro de 1764. Não gozava de boa saúde e tinha frequentes problemas cardíacos. Em 29 de fevereiro, os médicos diagnosticam pneumonia. Em 10 de março seu caso é considerado perdido. Em 24 de março, após breve melhora, retorna a Versalhes. Na noite de 7 de abril tem recaída e mal consegue respirar.

Em 14 de abril, Madame de Pompadour manda anexar um codicilo ao testamento que ela tinha redigido sete anos antes. Dá adeus ao rei e o padre de La Madeleine lhe presta a extrema-unção. No dia seguinte, pela manhã, reúne forças para receber seu irmão, Abel Poisson, marquês de Marigny, legatário universal de sua imensa fortuna. Às 19h30 desse mesmo dia, falece.

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