No caminho da pacificação

 

Num dos últimos eventos da campanha no segundo turno, em pleno Teatro do Tuca, em São Paulo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em alto e bom som, olhando para a presidente nacional do PT: “Gleisi, é preciso ficar totalmente claro para todos que não teremos um governo do PT e sim do Brasil inteiro, inclusive de quem não votou conosco”.

E é justamente isso que Lula já começou a fazer. Na sexta-feira passada, anunciou que Gleisi não despachará na Esplanada dos Ministérios, mas na sede do PT, como presidente do partido. Ao mesmo tempo, sinalizou para alianças com partidos que não estiveram com ele, a exemplo do PSD e União Brasil.

Lula também está em avançadas conversas com membros de antigos partidos de apoio de Bolsonaro, a exemplo do PP, Republicanos e, pasmem, o próprio PL. Ou seja, Lula está montando uma estratégia política de frente ampla. É nesse contexto que fechou acordo para apoiar a reeleição de Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados.

Dessa forma, é possível que Lula consiga obter uma supermaioria no Congresso. Para tanto, sinalizou na prática que deve montar um ministério sem domínio do PT e agregando membros de praticamente todos os principais partidos políticos. O petista tem falado nas conversas que quer pacificar o País, buscando tudo o que possa unir e não separar. A partir do dia 12 de dezembro, quando será diplomado, a configuração disso tudo se verá na cara do seu Ministério.

Por: Magno Martins

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