OPINIÃO | Em tom agressivo, Bonner e Renata erram feio com Ciro Gomes no JN

Danyllo Junior

Ciro Gomes (PDT) foi o primeiro entrevistado no Jornal Nacional (Foto: Reprodução/Gobo)

Ciro Gomes (PDT) foi o primeiro entrevistado no Jornal Nacional (Foto: Reprodução/Gobo)

Começou na noite desta segunda-feira (27), a rodada de entrevistas do Jornal Nacional com os candidatos à Presidência do Brasil. Entretanto, os âncoras do jornalístico de maior popularidade e repercussão da televisão brasileira, William Bonner e Renata Vasconcellos, erraram feio no tom adotado com o primeiro entrevistado, Ciro Gomes do PDT.

O tom nitidamente agressivo dos âncoras não é coerente com o padrão do próprio jornalismo da Globo, tão pautado pela formalidade. Pelo contrário, esse tom volta-se mais aos programas cujo foco está no sensacionalismo e na apelação. Notou-se que a preocupação maior estava em falar de pessoas e não do programa de governo do candidato, o que denota perspectiva equivocada e não interessante aos eleitores.

Além disso, ressalta-se o fato de os apresentadores da atração global terem interrompido a fala do candidato/entrevistado em vários momentos. Inclusive, o próprio candidato Ciro Gomes teve de pedir “um minutinho” para Renata e Bonner para poder desenvolver suas ideias ou então para conseguir responder as perguntas de ambos. Francamente, trata-se de uma estratégia bem duvidosa por parte de um telejornal tão conceituado.

Ainda passarão pela bancada do Jornal Nacional,  Jair Bolsonaro (PSL), na terça; Geraldo Alckmin (PSDB), na quarta; e Marina Silva (Rede), na quinta. A ordem foi definida em sorteio juntamente com assessores dos presidenciáveis. Em virtude de a entrevista com Ciro Gomes ter registrado 27 minutos, os demais terão o mesmo período de tempo.

Nesse contexto, já que a postura adotada pelo Jornal Nacional foi essa, que seja seguida com os demais candidatos para se respeitar a “imparcialidade”. Todavia, torna-se necessária uma reflexão apurada para as próximas eleições. Obviamente é dever do Jornalismo tocar em pontos cruciais de cada candidato, mas é preciso saber fazer isso, para não pecar pela postura equivocada.

 

 

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