Paulo Souto usa redes sociais para critica o governo do PT na Bahia

Fernando Duarte

Evitando contato com a imprensa, apesar de ser citado como um dos nomes mais fortes para a sucessão estadual, o ex-governador Paulo Souto (DEM) tem usado seu perfil no Facebook para criticar a atuação do governo da Bahia em setores como infraestrutura. De atuação discreta no cenário político, Souto aparece bem pontuado nas pesquisas de intenção de voto, porém evita falar em candidatura. Na rede social, no entanto, o tom é de campanha eleitoral, sinalizando áreas que devem ser abordas no pleito de 2014.

Após postar fotos de rodovias como a estrada entre Gandú e Ibirataia e a ligação da BR-116 com a sede da cidade de Lafaiete Coutinho, Souto disparou críticas enrustidas em elogios. “Estou muito tranquilo para comentar, porque tenho reconhecido que houve avanços na rede de estradas da Bahia no governo atual. Mas as fotos da estrada, concluída no final de 2012, e desde então sujeita a reparos constantes, já me deixam em dúvida sobre a qualidade de algumas obras, ponto que tem sido destacado pelo governo sobre o seu programa de rodovias”, publicou o ex-governador, derrotado nas urnas em 2006 e 2010 pelo atual gestor do Palácio de Ondina, Jaques Wagner (PT).

O alvo de Souto não é apenas o governo estadual. Também por meio de seu perfil, o democrata divulga suas opiniões sobre as políticas adotadas pelo governo federal, especialmente na áreaeconômica. Em postagem recente, o ataque foi o anúncio do déficit primário nas contas do Palácio do Planalto. “Embora seja o resultado de um mês, é claro que não foi boa a repercussão do déficit primário de R$ 10,5 bilhões nas contas do governo federal, o maior desde 2002. Isso significa que o que foi arrecadado em setembro não conseguiu nem pagar as despesas de pessoal, custeio e investimentos, ou seja, o governo já tem um saldo negativo de R$ 10,5 bi, antes de pagar a parte referente a dívida”.

Na publicação mais recente, o tema foi a facilidade para atividadeempresarial e a atração de investimentos estrangeiros para o país – dois dos temas mais celebrados por Wagner como conquistas da administração baiana e que, na opinião de Souto, merecem mais atenção na esfera federal. “O Brasil ocupou a posição 116 entre 189 países quando se analisa a facilidade para a atividade empresarial, posição inferior a de 2012 que foi a 126 e de 2011 que foi a 130. É evidente que isso demonstra a necessidade de mudanças significativas nas questões regulatórias, para melhorar a atratividade do ambiente de negócios no Brasil. Em relação a investimentos internacionais caímos da 6ª para a 8ª posição. Claro que ainda é uma boa posição, mas a tendência de queda não é boa, o que pode refletir alguma insegurança na situação atual do país”, apontou.

Não sendo candidato a governador, Souto continua próximo da agenda política. Nas entrelinhas é um informe de que seu nome não foi deposto da corrida eleitoral do próximo ano.

Fonte: Tribuna

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