Pilão Arcado: 2017, ano marcado por sofrimento e injustiça

Do Ação Popular (AP)

O ano de 2017 no município de Pilão Arcado não foi nada bom para a população, inclusive a mais carente que mora na sede do município e zona rural. Um dos principais problemas é a concentração de renda onde as receitas chegam todos os meses e ninguém vê uma obra social sendo realizada.

Na cidade, as pessoas carente estão bebendo água suja, escura, parecendo lama. Esta humilhação tem servido de chacotas para pessoas de outras regiões do país porque o município está mergulhado em escândalos provocados por ex-gestores e ninguém, até o momento, foi preso ou punido. Enquanto isso, quem na verdade está sendo punido é o próprio povo por beber lama em pleno século XXI em um dos municípios mais miseráveis do país com seu IDH sendo um dos mais baixos do país.

Paras muitos formadores de opinião ‘beber lama’ é coisa do passado. A moda agora é tomar banho de água mineral – isso para aqueles que ganham dinheiro fácil as custas da miséria dos outros. Nem as áreas públicas pertencentes ao próprio município, a exemplo de terremos, escapam da sanha dos mais espertos ligado ao grupo político, onde se edificam prédios, casas de comércio e não acontece nada. Até uma agência bancária fecha suas portas nos finais de semana e feriados para que a população não tenha acesso ao auto atendimento. E quando a agência está funcionando em dias normal, falta dinheiro obrigando aposentados e pensionistas a procurarem outros municípios vizinhos causando prejuízos ao comércio local. Enquanto isso, a representação política está se preparando para mais outra eleição: a de deputado, senador, governador e presidente, em 2018, com o bocapio cheio de dinheiro para jogar pra cima na véspera das eleições. Para esses políticos é bom, excelente, manter o povo na miséria para ter o voto fácil em troca de um copo com água.

Quem teve condições deixou o município para morar em outra cidade distante porque viu que não tem futuro ficar em Pilão Arcado com a família. Agora tormento é para quem não tem condições de sair, termina ficando refém de político mau-caráter e corrupto. A estima de mais de  97% da população está tão baixa que não sabe mais em quem acreditar devido a grande quantidade de denuncia feitas na justiça e destacadas na imprensa nacional que terminou não dando em nada.

Imagine acordar todos os dias sem ter o que fazer com a casa cheia de meninos e a dispensa seca sem ter o que oferecer as crianças? Imagine a pessoa ser obrigada a cavar um buraco no muro de sua residência para conseguir um pouco de água para beber e cozinhar? Imagine um pai, ou uma mãe não ter dinheiro para comprar uma roupa ou sapato para o filho no Natal? Imagine uma aposentada com quase 90 anos andar mais de 200 km na carroceria de um caminhão ou camionete para sacar sua aposentadoria e quando chega no banco não tem dinheiro. Esta senhora não tem nem como retornar para sua casa porque não tem como pagar pelas duas passagens, e termina perambulando pelas ruas da cidade com fome e sede pedindo ajuda a um e a outro como se fosse esmoler. O pior que as estradas vicinais estão acabadas, deterioradas, mas o que se vê é propaganda em redes sociais tentando ludibriar pessoas desinformadas.

A saúde e educação foram outros pontos deploráveis em 2017. Quem na verdade sofre as consequências é quem vivencia no dia a dia todos esses problemas. Para muitos, a justiça de Deus deixou de existir, abandonou a todos, isso porque o sofrimento parece não ter mais fim.

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