Polícia Civil responde críticas do MPPE sobre as investigações de homicídios

Por Raphael Guerra

Vítimas de crimes violentos são, na maioria, homens, pardos e com idades acima de 18 anos. Foto: Diego Nigro/JC Imagem

As declarações da procuradora de Justiça Maria Bernadete Figueiroa em relação ao estudo que apontou que, de cada 100 homicídios em Pernambuco, 95 vítimas são negras ou pardas, repercutiu ao longo desta terça-feira (30). Em entrevista ao Ronda JC, a coordenadora do grupo de trabalho de combate ao racismo no Ministério Público afirmou que faltava empenho da polícia para investigar esses assassinatos e punir os culpados. A Polícia Civil de Pernambuco, por meio da assessoria de imprensa, se pronunciou sobre a polêmica. Em nota, afirmou que “todos os homicídios são investigados com o mesmo empenho, técnica e uso dos meios legais”.

Confira a nota da Polícia Civil na íntegra:

“Em relação às declarações feitas na matéria, a Polícia Civil de Pernambuco esclarece que investiga todos os homicídios com o mesmo empenho, técnica e uso dos meios legais para a elucidação dos crimes e, consequentemente, retirada de circulação dos homicidas. É importante ressaltar que, somente em 2017, 2.249 suspeitos de homicídio foram capturados pelas polícias. Esses, sim, são os agressores e, quaisquer que tenham sido suas motivações, foram alcançados pela Polícia e estão à disposição do sistema de justiça criminal. Vale lembrar que a taxa de resolução de inquéritos com autoria definida por parte da PCPE chega a ser cinco vezes maior que a média nacional, o que demonstra o compromisso dos agentes de segurança com a população como um todo. Também informamos que há, dentro da estrutura da corporação, um Grupo de Trabalho de enfrentamento ao preconceito, incluindo o racismo, com participação do MPPE. Ações importantes nesse sentido também são desenvolvidas pelas outras operativas da SDS, a exemplo da PM, que possui o Grupo de Trabalho de Enfrentamento ao Racismo Institucional.”

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