Policial chora devido a posição da justiça sobre greve; veja vídeo

Greve das polícias civil e militar se estende desde 19 de dezembro e foi considerada ilegal pela Justiça

 

Por G1 RN

O Governo do Rio Grande do Norte anunciou para sábado o pagamento da folha de novembro de todos os servidores. O estado enfrenta paralisação de policiais militares desde o dia 19 de dezembro e de policiais civis desde 20 de dezembro. As categorias pedem, além do pagamento dos salários, melhores condições de trabalho. O governo ainda não tem definição sobre o pagamento de dezembro e do 13º.

No dia 24 de dezembro, a Justiça considerou a paralisação ilegal, mas a PM decidiu manter a greve. Em abril de 2017, o Supremo Tribunal Federal decidiu que greve de polícia e de agente penitenciário é sempre ilegal.

Sem policiamento, houve aumento de roubos e arrombamentos no RN. O governo federal enviou 2,8 mil homens e mulheres das Forças Armadas, no último final de semana, para reforçar a segurança no estado.

Policiais militares estão aquartelados desde o dia 19 de dezembro (Foto: Polícia Militar/Divulgação)Policiais militares estão aquartelados desde o dia 19 de dezembro (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Policiais militares estão aquartelados desde o dia 19 de dezembro (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Ao longo dos 15 dias de paralisação, foram registradas 101 mortes violentas no Rio Grande do Norte. A média é de 6,7 pessoas mortas por dia. É praticamente a mesma média do ano todo, que teve 2.405 assassinatos.

No dia 31 de dezembro, o desembargador Cláudio Santos determinou que os comandantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e o delegado-geral da Polícia Civil prendam os policiais responsáveis por incitar, defender ou provocar a paralisação. A decisão foi favorável a um pedido do governo do RN, que argumentou que os servidores da segurança desobedeceram à primeira decisão da Justiça, no domingo (24), que considerou o movimento ilegal.

Após a decisão, na terça (2), o efetivo da PM voltou parcialmente às ruas. Já a Polícia Civil segue em regime de plantão. Nesta quarta, policiais civis se apresentaram na Delegacia Geral de Polícia, com algemas em punho, para serem presos. Até a última atualização desta matéria nenhum policial havia sido preso.

Policiais civis do Rio Grande do Norte se apresentam algemados na Delegacia Geral de Polícia (DEGEPOL), em Natal, para serem presos. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte considerou a greve que eles faziam desde 20 de dezembro ilegal e determinou a prisão de policiais da ativa e da reserva que incentivem, promovam ou defendam a greve (Foto: Vitorino Junior/Photopress/Estadão COnteúdo)Policiais civis do Rio Grande do Norte se apresentam algemados na Delegacia Geral de Polícia (DEGEPOL), em Natal, para serem presos. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte considerou a greve que eles faziam desde 20 de dezembro ilegal e determinou a prisão de policiais da ativa e da reserva que incentivem, promovam ou defendam a greve (Foto: Vitorino Junior/Photopress/Estadão COnteúdo)

Policiais civis do Rio Grande do Norte se apresentam algemados na Delegacia Geral de Polícia (DEGEPOL), em Natal, para serem presos. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte considerou a greve que eles faziam desde 20 de dezembro ilegal e determinou a prisão de policiais da ativa e da reserva que incentivem, promovam ou defendam a greve (Foto: Vitorino Junior/Photopress/Estadão COnteúdo)

Ajuda financeira

O governo não conseguiu cumprir um calendário que havia divulgado no dia 21 de dezembro de pagamento dos salários. O próprio governador Robinson Faria chegou anunciar que o Estado receberia uma ajuda financeira de R$ 600 milhões do governo federal para pagamento da folha. Mas o Ministério da Fazenda negou o repasse após recomendação do Ministério Público de Contas.

No dia 26 de dezembro, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, afirmou que está em estudo no Ministério da Fazenda e no Banco Mundial um plano para ajudar o Rio Grande do Norte.

No dia 30 de dezembro a Justiça Estadual autorizou o uso de uma verba de R$ 225,7 milhões da Saúde para pagamento de servidores estaduais, mas a Advocacia Geral da União entrou com uma ação para impedir o remanejamento dos recursos e a Justiça Federal acatou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *