PP pode apoiar Otto Alencar ou Lídice

Lilian Machado
Cortejado por partidos da oposição, de quem teria recebido até mesmo a oferta da vice, e em clima de diálogo com o PSB, o Partido Progressista, que não tem ainda o martelo batido sobre sua participação na chapa a ser montada pelo governador Jaques Wagner (PT), estaria aberto às possibilidade de apoio à pré-candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB) e de um suposto projeto liderado pelo vice-governador Otto Alencar (PSD).  O sinal verde para outras composições, afastadas do projeto de candidatura do PT, foi dado pelo presidente estadual do PP, Mário Negromonte.

Apesar de ter enfatizado, para a reportagem da Tribuna, o tamanho do partido, critério que pode mantê-lo na chapa a ser definida por Wagner, e destacar a lealdade ao projeto, o líder progressista confirmou que vai consultar a base do partido, integrada por prefeitos, vereadores e lideranças municipais e estaduais, para saber qual candidatura apoiar ao governo. “Como presidente do partido, quero ouvir o que a maioria quer”, disse. Negromonte rememorou a última conversa com o governador para reafirmar o peso partidário. “Ficou definido que os três maiores partidos PT, PSD e PP iriam fazer parte da chapa. O PP tem a população de 56 municípios, o que dá 2 milhões de habitantes. Tenho certeza que o PP estará (na chapa) pelo seu tamanho”, disse, lembrando a força também em âmbito nacional. Um clima de insatisfação tem sido relatado por deputados e prefeitos, além das divergências sobre apoio. Diante disso, lideranças, a exemplo de parlamentares, revelaram que há conversas com o PSB.

Para Jonas Paulo, saída é marola

A indefinição no quadro da chapa foi citada pelo governador ontem, após a inauguração da Via Expressa. “Ainda é muito cedo”, disse durante questionamento feito pelo Bahia Notícias sobre o PP. Em conversa anterior com a Tribuna, Negromonte já havia respondido sobre a hipótese de ter negada uma vaga na chapa. “Vamos nos reunir com o partido para saber qual posição tomar”.

O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, minimizou ontem, no evento, o clima de possível conflito com os progressistas e atribuiu um possível rompimento a “turbulências e marolas do período pré-eleitoral”. Segundo ele, a chapa ainda não está sendo discutida. “Mas sim as candidaturas. Porém, estamos recebendo os pleitos e trabalhando eles. Vamos contemplar todas as forças”, garantiu.

Em exaltação ao aliado, Jonas disse ser “legítimo” o pleito do PP de integrar a chapa, mas lembrou que a sigla ocupa espaço importante no cenário nacional, com pastas importantes como o Ministério das Cidades e na Bahia com a Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Regional.

O dirigente petista frisou a relação da costura nacional com a local como forma de manter os partidos na base. “Repito que o projeto que atrai as forças é o nacional, liderado pela presidente Dilma, que hoje entrega essa grande obra à Bahia”, afirmou.

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