Protagonismo de Gatito e Joel Carli no título ampliam histórico bem-sucedido de gringos no Botafogo

Gatito Fernández na premiação do Campeonato Carioca
Gatito Fernández na premiação do Campeonato Carioca Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo
Igor Siqueira

Gol salvador do argentino Carli, aos 49 do segundo tempo, e duas penalidades defendidas pelo paraguaio Gatito. Com essa colaboração decisiva dos estrangeiros na decisão contra o Vasco o Botafogo conquistou seu terceiro Estadual seguido com gringos como protagonistas. O Alvinegro colhe os frutos do intercâmbio promovido em General Severiano.

A lista inclui Herrera e Loco Abreu, dupla de ataque na conquista do Estadual de 2010; o holandês Seedorf e Nicolás Lodeiro, comandantes da equipe no título de 2013; e, este ano, a dupla que fez história domingo no Maracanã. Uma mistura de países, culturas e estilos de jogo.

— Ainda não sei se entrei nessa lista de estrangeiros que fizeram história. Mas seria muito legal. Trabalho muito para ajudar o Botafogo — comenta Carli, de 31 anos, em sua terceira temporada no Alvinegro. — Sempre falei que sou agradecido ao Botafogo e a todo o povo brasileiro. Porque minha família e eu fomos recebidos de um jeito maravilhoso. Isso me ajudou em minha adaptação e a seguir dando conta do recado dentro de campo. Sempre me senti à vontade, foi por isso.

A relação do Alvinegro com os gringos remete aos primeiros anos do clube. Os registros do Botafogo mostram que desde a primeira metade do século passado eles já vestiam a camisa preta e branca. Mas o sucesso internacional é um fenômeno mais recente, com exemplos concentrados nesta década. Exceção feita à passagem de Rodolfo Fischer, nos anos 70. O argentino é, até hoje, o maior goleador estrangeiro de General Severiano, com 68 gols em 180 jogos.

— Podemos agregar com muitas coisas. Temos a experiência e a cultura de termos trabalhado em países diferentes — opina Gatito.

Expectativa em cima da estreia de Aguirre

Embora tenham sido os nomes de maior destaque no Estadual, Gatito e Carli não são os únicos estrangeiros do Botafogo. O elenco conta ainda com o chileno Leo Valencia e o uruguaio Rodrigo Aguirre, que ainda buscam mostrar seu valor no elenco.

O primeiro, apresentado no ano passado, chegou cercado de expectativa. Mas ela acabou por se transformar em decepção. Ao menos por enquanto. Os olhares agora estão voltados para Aguirre. Recém-contratado, o atacante só poderá fazer sua estreia no Brasileiro, competição na qual o Botafogo dará o pontapé inicial no sábado, contra o Palmeiras.

— Os estrangeiros são muito importantes quando bem aproveitados pela comissão técnica. Essa relação do Botafogo com eles existe sim. Temos o Carli, o Gatito e agora o Aguirre,que vai estrear. São jogadores que se adaptam ao Brasil, ao Rio, e se integram ao time. E o Botafogo os recebe muito bem. Isso é a grandiosidade do Botafogo — opina o presidente Nelson Mufarrej.

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