Jornalista alemão coloca governador em saia justa ao falar em sede com mais homicídios

Ao comentar os problemas de segurança, governador disse que não há necessidade para “criar paranoia” por conta dos números de violência que a cidade apresenta

Hailton Andrade

O governador Jaques Wagner comemorava o resultado do sorteio dos grupos da Copa durante entrevista a jornalistas na Costa do Sauipe, mas mudou o semblante rapidamente com uma pergunta feira por um jornalista alemão. Ele perguntou se os turistas de seu país que quiserem ver Alemanha x Portugal, na Fonte Nova, deveriam tomar cuidado pelo fato de Salvador ser a sub-sede do mundial no Brasil com maior índice de homicídios.

“Primeiro que, só para registrar, acabamos de registrar 14% de redução de homicídios nos 11 meses medidos até agora em 2013, de janeiro a novembro. Nós temos um planejamento de segurança muito seguro. Evidente que nós temos, como o mundo inteiro, problemas de segurança, mas não vejo nenhum tipo de risco”, assegurou o Governador da Bahia.

Ao comentar os problemas de segurança, ele disse que não há necessidade para “criar paranoia” por conta dos números de violência que a cidade apresenta. “Os homicídios que têm acontecido são muito no entorno dos locais onde se concentram os traficantes. Portanto, não é o roteiro que os turistas vão fazer. Qualquer lugar do mundo hoje você tem que se cuidar, mas não vejo nenhum problema excepcional. Insisto que a gente tem hoje um cuidado muito grande. Não vou dizer que não tem problema. Sempre tem problema. Sinceramente, não acho que seja ameaça para os turistas alemães”.

Para completar, Wagner comparou a organização da Copa do Mundo com o Carnaval. “Diria que o Carnaval é de muito maior risco, porque é de 18h até 6h do dia seguinte”, justificou. A preocupação estrangeira quanto a segurança no país durante a Copa tem sido constante. Matérias veiculadas na imprensa internacional fazem com que possíveis visitantes, principalmente europeus, criem temor pelo Brasil, como relataram alguns repórteres ao iBahia Esportes. Entretanto, os jornalistas acreditam que há um exagero na abordagem.

Correio

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