Aliados de Jerônimo na Assembleia cobram pagamento de R$ 1 milhão em emendas de 2023 e criticam burocracia no governo

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) ouviu reclamações dos deputados estaduais da base aliada durante café da manhã realizado nesta terça-feira (23). O principal objetivo do encontro, convocado pelo chefe do Executivo estadual, foi apresentar o projeto de reajuste dos servidores públicos que será enviado à Assembleia Legislativa, mas as cobranças aconteceram na etapa final da reunião, conforme apurou o Política Livre.

Os deputados reivindicaram principalmente o pagamento de R$ 1 milhão em emendas prometidas pelo governo no final de 2023 que deveriam ser convertidas em obras principalmente na área de infraestrutura, executadas sob a alçada da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder).

Alguns deputados usaram da palavra para se queixar. No total, haviam 29 parlamentares, quórum considerado baixo para uma reunião convocada pelo governador e uma base composta por 42 parlamentares – o que foi visto como um sinal de insatisfação.

Entretanto, vale frisar que houve reunião das comissões temáticas pela manhã na Assembleia, inclusive com a presença do secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, que apresentou o balanço das metas fiscais do quadrimestre no colegiado de Finanças e Orçamento – ele também ouviu cobranças pelo pagamento das emendas.

Por ser ano eleitoral, os prefeitos aliados dos deputados governistas esperavam que os recursos das emendas se transformassem em intervenções como pavimentação, calçamento e construção de praças. Segundo um dos parlamentares presentes no café da manhã, os gestores municipais se queixam ainda que Jerônimo prometeu obras durante as inúmeras viagens ao interior que sequer foram iniciadas, parte delas sugeridas pelos parlamentares da Assembleia.

O governador e os secretários presentes, entre eles o de Relações Institucionais, Jonival Lucas, culparam a burocracia para justificar o atraso na liberação dos recursos. O mesmo disse o chefe de Gabinete do Governador, Adolpho Loyola.

Em alguns casos, justificou os assessores do governador, as prefeituras não apresentação a documentação necessária de forma completa para que a Conder possa executar obras de impacto eleitoral. Jerônimo cobrou celeridade quando um dos deputados da base afirmou que a oposição estava tirando proveito político das promessas não cumpridas.

“Nos prometeram R$1 milhão no final de 2023 e o dinheiro da Conder não sai. A Conder diz que está tudo certo, e culpa a Secretaria de Relações Institucionais. Isso foi questionado no café. O problema seria a falta de documento por parte das prefeituras, o que não seria totalmente verdadeiro. Há muitas questões e promessas pendentes, o que é ruim sobretudo em ano eleitoral”, disse um deputado presente no café ao site, na condição de anonimato.

Segundo outro parlamentar, o líder do governo, deputado Rosemberg Pinto (PT), também cobrou o pagamento das emendas, inclusive em outras áreas, a exemplo do desenvolvimento agrário, saúde e educação. Vale lembrar que o líder da oposição, deputado Alan Sanches (União), tem se queixado com frequência por conta da demora do governador e cumprir o que determina a Constituição estadual e pagar as emendas.

Política Livre

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