Caso do médico de Campo Alegre de Lourdes retorna ao tribunal nesta sexta-feira

Médico cardiologista Denirson Paes foi encontrado morto em uma cacimba da casa onde morava, em Aldeia

Médico cardiologista Denirson Paes foi encontrado morto em uma cacimba da casa onde morava, em AldeiaFoto: Reprodução

Acontece nesta sexta-feira (14) a segunda audiência de instrução e julgamento do processo que apura o homicídio do médico Denirson Paes, assassinado em Aldeia em maio deste ano. A sessão, presidida pela juíza Marília Falcone, começa às 9h, na 1º Vara Criminal de Camaragibe, no Grande Recife. Seis testemunhas de defesa serão ouvidas, além de Jussara Rodrigues e Danilo Paes, mulher e filho mais velho da vítima, acusados de cometer o crime. Após todos serem ouvidos, tanto defesa quanto acusação terão um prazo de cinco dias para apresentar alegações finais. Após esse período, a juíza se pronunciará se o caso irá a júri popular ou não.

Na primeira audiência, realizada no último dia 07 de dezembro, foram ouvidas 15 testemunhas do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), assim como outras seis da defesa. A família pediu para não ficar no mesmo ambiente que os réus. Hoje, de acordo com o advogado Carlos André Dantas, assistente de acusação, a família não vai acompanhar a audiência.

Professoras de Danilo foram chamadas pela defesa para falar sobre o comportamento dele. “Elas vão falar sobre a pessoa que ele era. Também vão ser ouvidos amigos da família, que vão poder falar sobre a relação que Danilo tinha com o pai”, explica Rafael Nunes, advogado de Jussara e Danilo. Daniel foi ouvido tanto como testemunha de acusação, como de defesa, assim como a empregada da casa, Josefa, entre outras pessoas.

A defesa tenta mostrar que Jussara agiu sozinha, em legítima defesa, após anos de violência física e psicológica que sofria do marido. Já em relação a Danilo, querem isentá-lo de qualquer envolvimento no crime. O médico foi morto por esganadura na casa onde morava com a família, em um condomínio de luxo em Aldeia. Ele teve o corpo esquartejado, queimado e jogado em um poço.

Entenda o Caso
cadáver do médico foi encontrado no último dia 4 de julho último dentro de uma cacimba na casa onde morava, em um condomínio de luxo na Estrada de Aldeia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. O desaparecimento do médico cardiologista Denirson Paes da Silva vinha sendo investigado desde o início de junho.

Em um Boletim de Ocorrência registrado no último dia 20 de junho sobre o desaparecimento do marido, a farmacêutica Jussara Rodrigues Silva Paes, 54, alegava que a vítima teria viajado para fora do País e que não teria retornado. A delegada Carmem Lúcia, de Camaragibe, desconfiou do envolvimento dos familiares e solicitou um mandado de busca e apreensão no condomínio em que eles moravam.

Na busca policial, realizada no dia 4 de julho, foram encontrados os primeiros restos mortais do médico na cacimba da residência. Para a polícia, havia indícios suficientes da participação de mãe e filho na ocultação do cadáver de Denirson. Em 5 de julho, Jussara e Danilo foram presos temporariamente suspeitos de ocultação de cadáver. Danilo foi encaminhado para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Jussara foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife. Os três pedidos de habeas corpus feitos pela defesa de Jussara e Danilo foram negados. No dia 20 de agosto, um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou asfixia por esganadura como a causa da morte do cardiologista.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *