Chanceler de Bolsonaro endeusa Trump e estréia no Twitter

O embaixador Ernesto Araújo foi confirmado ontem como ministro das Relações Exteriores do governo de Jair Bolsonaro. Araújo é conhecido por defender o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como o salvador do ocidente.

Pelo Twitter, Bolsonaro confirmou Ernesto Araújo no cargo que também fez sua estréia no Twitter:

Ernesto Araújo@ernestofaraujo

Olá, Twitter! Sinto-me extremamente honrado e entusiasmado com a responsabilidade que o Presidente Jair Bolsonaro me confia, de chefiar sua diplomacia e implementar seu programa na frente externa a partir do dia 1º de janeiro. Muito honrado de fazer parte deste momento histórico!

Jair M. Bolsonaro

@jairbolsonaro

A política externa brasileira deve ser parte do momento de regeneração que o Brasil vive hoje. Informo a todos a indicação do Embaixador Ernesto Araújo, diplomata há 29 anos e um brilhante intelectual, ao cargo de Ministro das Relações Exteriores.

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Araújo é diretor do Departamento de EUA, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty. Assim como Bolsonaro, é entusiasta de Donald Trump.

Em 2017, ele escreveu o artigo “Trump e o Ocidente”, no qual defende o presidente norte-americano como alguém capaz de recuperar um passado simbólico, histórico e cultural das nações ocidentais, tendo como eixos o nacionalismo e “o anseio por Deus, o Deus que age na história”, uma interpretação consagrada na filosofia de Georg Hegel.

Araújo afirma que a civilização ocidental está sendo corroída pelo “inimigo interno”, aqueles que esqueceram a própria identidade sob a influência do “marxismo cultural globalista”.

“Já hoje o marxismo conclama a destruir o conceito de comunidade histórica, a nação, e não fala mais de liberdade, hoje quer um mundo de fronteiras abertas onde todos são imigrantes e ninguém pode identificar-se com sua terra nem com sua gente sem ser chamado de fascista”.

Ele escreve ainda que somente “um Deus poderia salvar o Ocidente, um Deus operado pela nação – inclusive e talvez principalmente a nação americana”.

Para Araújo, se o filósofo alemão Martin Heidegger, crítico ao papel central dos EUA para o Ocidente, tivesse assistido a um discurso de Trump, ele observaria, porém, que somente o republicano “pode ainda salvar o ocidente”.

Com informações da Carta Capital.

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