‘Fiz por amor’, diz garota sobre vídeo de sexo que virou meme

Jovem contou que parou de trabalhar e tem estudado pela internet

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A estudante goiana de 19 anos, que teve imagens intimas divulgadas na internet no inicio do mês de outubro, falou sobre a repercussão do vídeo nas redes sociais.

“Meu celular resetava de tantas ligações. Meu Whatsapp [aplicativo de celular para envio de mensagem] parecia uma calculadora, não parava de somar, foram mais de 4 mil mensagens de desconhecidos com DDD do país inteiro. Não respondi ninguém. Também tive que excluir minha conta no Facebook”, disse ao G1.

A jovem contou que parou de trabalhar e tem estudado pela internet com a ajuda dos professores e colegas de sala. Ela também mudou o visual para não ser reconhecida nas ruas.
Segundo ela, o suposto autor do vídeo e responsável pelo compartilhamento da imagens nunca conseguirá reparar os danos causados. Durante os últimos 20 dias, ela recebeu milhares de agressões via internet e chegou a receber propostas de programas sexuais.

O inquérito foi aberto no dia 03 de outubro e começou a ser investigado essa semana pela Delegada Ana Elisa Gomes Martins, que está colhendo depoimentos.

O acusado de registrar e divulgar as imagens negou envolvimento com o vídeo. Uma perícia também será feita no celular da estudante.
Meme
Em um dos vídeos, a jovem faz um sinal de ‘Ok’. O símbolo tornou-se piada na internet e o caso virou meme nas redes sociais. Montagens de políticos e celebridades fazendo o sinal de ‘Ok’ estão sendo usadas pelos internautas. Tais imagens, no entanto, não se referem ao caso.

De acordo com a delegada, o rapaz é casado e manteve um relacionamento extraconjugal com a jovem por três anos. A garota contou em depoimento que sabia que estava na condição de amante, além de ter concordado em fazer os vídeos. Mas o jovem teria garantido que as gravações estavam em uma pasta oculta no celular e apenas poderia ser acessada com senha.

Segundo a polícia, as imagens foram compartilhadas pelo rapaz com amigos por meio do aplicativo WhatsApp e se alastraram como um vírus. O crime é caracterizado como difamação com base na Lei Maria da Penha porque, segundo a delegada, existiu uma relação de afeto entre vítima e autor. O rapaz pode pegar de 3 meses a 1 ano de prisão. (Correio)

 

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