Não dá para ser otimista com alguns dos novos governadores

O governador eleito de Minas, Romeu Zema, não está conseguindo sequer formar o time

Os ventos da mudança que levaram Bolsonaro à Presidência da República chegaram também a alguns estados, além do Distrito Federal. Empunhando o discurso mudancista, elegeram-se Eduardo Leite no Rio Grande do Sul, Ratinho Júnior no Paraná, Comandante Moisés em Santa Catarina, Romeu Zema em Minas Gerais, Wilson Witzel no Rio de Janeiro, Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte e Ibaneis Rocha no Distrito Federal. Salvo Eduardo Leite, que já foi prefeito de Pelotas, nenhum dos outros tem experiência de governo e por isso estão mais sujeitos a erros do que a acertos. Ratinho Júnior ostenta no currículo o fato de ser filho do apresentador de TV Ratinho pai, e nada mais. Comandante Moisés é apenas um militar da reserva que pegou carona no discurso bolsonarista e Romeu Zena o dono de um rede de lojas em Minas com 450 unidades e 5 mil empregados.

Wilson Witzel é um juiz aposentado que pensa que resolverá os problemas do Rio matando bandidos, Fátima Bezerra foi impulsionada pela força de Lula no Nordeste e Ibaneis Rocha é apenas um advogado bem sucedido, em Brasília, que declara possui um patrimônio de 100 milhões de reais. Há em comum entre o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Norte o fato de serem estados quebrados, cuja folha de aposentados e pensionistas é superior à dos servidores da ativa. E seus problemas não serão resolvidos apenas com discursos. Para terem idéia de como governador é uma atividade complexa, Zema não está conseguindo sequer formar o secretario. Não quer políticos no primeiro escalão e os empresários que ele convidou recusaram o convite.

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