‘Outro 1964 será inaceitável’, diz Janot sobre manifestação de generais

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Isso definitivamente não é bom”, afirmou o procurador-geral da República Rodrigo Janot, em reação às declarações do general do Exército Eduardo Villas Bôas, nesta terça-feira (3). Por meio do Twitter, o comandante militar questionou sobre “quem está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais’ e disse que a o Exército “se mantém atento às suas missões institucionais”.

“Se for o que parece, outro 1964 será inaceitável. Mas não acredito nisso realmente”, criticou Janot.

Nesta terça, Villas Bôas disse que o Exército “julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia”.

General Villas Boas

@Gen_VillasBoas

Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?

General Villas Boas

@Gen_VillasBoas

Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais.

O general não citou nomes em sua mensagem, e questionou. “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”

Recado

Segundo apurou a colunista Eliane Cantanhede, do jornal O Estado de S. Paulo, a mensagem do comandante do Exército foi um recado aos “interesses” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá seu habeas corpus preventivo julgado nesta quarta-feira (4). Generais ouvidos pela jornalista, no entanto, descartam que a mensagem seja uma ameaça.

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