PSB diz que não será ‘oposição sistemática’ a Bolsonaro; Siqueira critica PT

Foto: Humberto Pradera/Divulgação
Foto: Humberto Pradera/Divulgação

Em reunião da Executiva nacional nesta segunda-feira (5), o PSB aprovou um documento em que afirma que estará na oposição ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), mas que não fará isso de forma “sistemática”. “Não será uma oposição sistemática, será em face de questões concretas e na defesa intransigente da democracia, da liberdade de imprensa e dos direitos sociais conquistados ao longo de 30 anos de democracia”, afirmou o presidente do partido, Carlos Siqueira.

Questionado sobre possíveis pautas do governo Bolsonaro que poderão ser combatidas ou apoiadas, o socialista disse que o partido vai aguardar a gestão se estabelecer. “Evidentemente os prenúncios não são dos melhores, são de um presidente que se elegeu dizendo que só aceitaria um resultado que lhe fosse favorável, então isso aí já é revelador do que virá pela frente”, afirmou, no entanto.

Relação com o PT

Siqueira afirmou que, com a definição sobre a oposição a Bolsonaro das bancadas do PSB na Câmara e no Senado, irá conversar com outros partidos. Até agora, os socialistas haviam se articulado com PDT – partido do presidenciável Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno – e PCdoB – de Manuela D’Ávila, vice do petista Fernando Haddad, adversário de Bolsonaro no segundo turno.

O PSB, segundo o presidente da sigla, pretende ainda dialogar com PPS e PV, por exemplo.

O PSB elegeu 32 deputados; o PDT, 28; o PCdoB, nove. Do PPS foram oito e do PV, quatro.

Após fechar um acordo com o PT, garantindo o apoio ao partido em vários estados, incluindo Pernambuco, na disputa eleitoral, os socialistas não estão incluindo a legenda do ex-presidente Lula nas conversas.

“Os partidos de esquerda não ficaram felizes com a declaração do PT de que haverá um comandante da oposição. Não haverá uma oposição, haverá várias oposições. Faremos um bloco amplo”, disse Siqueira. “Agora, que temos uma posição oficial definida, vamos partir para as conversas com todas as forças políticas, não apenas de esquerda, mas que defendem a democracia e os direitos sociais, porque a contradição doravante será: teremos ou não teremos democracia?”.

Leia o documento do PSB

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