Viagem de Jerônimo à China emperra e adia reajuste de professores indígenas

Por Jairo Costa Júnior

A viagem do governador Jerônimo Rodrigues (PT) à China, iniciada ontem, atrasará a votação do projeto de lei que equipara o salário dos professores indígenas do estado ao piso nacional do magistério – na verdade, corrige uma falha do então governador Rui Costa, que excluiu a categoria da proposta aprovada ano passado pela Assembleia Legislativa. Embora o reajuste esteja pronto para ser votado, líderes da base afirmam que o Palácio de Ondina decidiu segurar o projeto até a volta de Jerônimo. O pano de fundo é evitar que a lei seja sancionada pelo vice, Geraldo Júnior (MDB), nos dias de governador em exercício, e não pelo petista, que assumiu o projeto como missão pessoal.

Erro de cálculo
Contudo, a manobra para assegurar o protagonismo de Jerônimo na extensão do piso salarial aos professores indígenas pode arrastar a proposta por mais tempo que o esperado. Isso porque dois projetos também protocolados em regime de urgência pelo Executivo completaram os 45 dias previstos no Regimento da Assembleia. Como ambos foram apresentados antes, a pauta de votações da Casa ficará travada até que eles sejam submetidos ao plenário. Para encurtar o caminho, será preciso negociar com a oposição.

Homem-bomba
Um personagem presente ontem ao encontro de Jerônimo com dirigentes e torcedores do Bahia chamou a atenção pelo histórico controverso. Colado com o governador na imagem feita para registrar a reunião, compartilhada nas redes sociais do petista, estava Half Silva. Trata-se do presidente da Bamor, dono de um dos carros usados no atentado a bomba contra o ônibus do time, cometido em 24 de fevereiro de 2022 por integrantes da maior e mais temida torcida organizada do clube .

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