Agente da PF preso por trama para matar Lula trabalhou na SSP no governo Jaques Wagner

Wladimir Matos Soares atuou no setor de Inteligência da pasta, da qual foi exonerado em março de 2028

Alexandre Santos
Foto: Reprodução/Redes sociais

 

Preso por suspeita de envolvimento na trama golpista para matar o presidente Lula (PT), o policial federal baiano Wladimir Matos Soares atuou no primeiro mandato do governo Jaques Wagner (PT), que comandou o Executivo baiano entre 2007 e 2015. À época lotado no setor de Inteligência da SSP-BA (Secretaria da Segurança Pública), ele foi exonerado do cargo em março de 2008, conforme publicação no DOE (Diário Oficial do Estado).

Antes de ser transferido para Brasília, “Mike Papa”, como também é conhecido, esteve lotado na PF em Salvador. A informação foi veiculada inicialmente pela TV Bahia e confirmada pelo bahia.ba.

Segundo a Polícia Federal, Wladimir é suspeito de repassar informações sobre a segurança de Lula durante a transição de governo para pessoas ligadas a Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com as investigações, o policial federal enviou dados pessoais de um agente de proteção do petista e afirmou a aliados de Bolsonaro que estava à espera da “canetada” do então presidente para auxiliar no golpe de Estado.

Além dele, foram presos na operação da PF quatro militares das Forças Especiais do Exército, os chamados “kids pretos”. A unidade da Força são um batalhão de elite do Exército, com treinamento para atuação em situações de infiltração em território inimigo e resistência à tortura, por exemplo.

As investigações da PF indicam que militares com esse treinamento atuaram ativamente no planejamento do plano de golpe.

Em depoimnto, Wladimir Soares informou afirmou ter sido “cooptado” por Alexandre Ramalho, um policial federal que estava lotado na Abin, segundo o Jornal Nacional.

 

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