Comissão estuda possibilidade de convocar oficial do exército para esclarecimentos

O presidente da CPI dos atos de 8 de janeiro, deputado distrital Chico Vigilante (PT), afirmou, após a reunião, que considerou bastante esclarecedor o depoimento do Coronel Jorge Eduardo Naime e que as informações dadas por ele deixaram para a comissão a missão de descobrir se procedem as informações de que o Exército não agiu para impedir os atos de depredação aos prédios da sede dos Três Poderes. “Esperamos agora que as autoridades que estão acompanhando os trabalhos desta comissão também tomem a iniciativa de se pronunciarem”, frisou.

O deputado disse ainda que a Casa vai consultar a procuradoria para saber se é possível convidar o oficial que estava coordenado o comando do Exército no Palácio do Planalto, no dia dos atos, para que ele possa dar seu depoimento à CPI, por conta da gravidade das informações relatadas pelo coronel Naime nesta quinta-feira. “Além da ingerência do Exército no dia, ficou muito claro que o Exército colocou tanques como forma de proteger essas pessoas em vez de fazer o contrário”, criticou.

Em relação às falas da defesa do ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Anderson Torres, Vigilante disse que ele foi reconvocado e será quantas vezes se recusar a depor. “Ele não é obrigado a vir aqui, mas vamos insistir no seu depoimento. Até porque o argumento apresentado, de que ele já depôs à Polícia Federal e agora ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não tem fundamento. Nestes locais foram feitas perguntas que em muita coisa são diferentes das que pretendemos fazer nesta comissão”, afirmou o parlamentar.

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