Nome sondado para diretoria de política monetária do BC é operador do mercado sem perfil acadêmico

Rodolfo Fróes já doou para o Partido Novo e tem uma sociedade com o trio de bilionários das Americanas

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Rodolfo Fróes (Foto: Reprodução/YouTube/Centro Marian Weiss)

Sondado para o cargo de diretor de política monetária do Banco Central, o executivo Rodolfo Fróes não tem o perfil “acadêmico” característico da equipe econômica do governo do presidente Lula e acumula em seu currículo funções administrativas no setor privado.

Doador do Partido Novo em 2018, Fróes é também um dos sócios da empresa Flow Participações, ao lado de Jorge Felipe Lemann –filho do bilionário das Americanas Jorge Paulo Lemann. Os outros controladores da varejista em recuperação judicial, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, também são acionistas na Flow.

Fróes se formou em Administração pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e possui especialização em Harvard. Ele tem experiência profissional no Bank of America, onde trabalhou com operações de juros, na Ritchie Capital Management e foi membro do conselho do Banco Fator, que foi presidido pelo atual secretário-executivo do ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo. Em sua página em uma rede social, Fróes afirma ser um investidor anjo da startup Qulture.Rocks, que tem sede em San Francisco, EUA. Ele é tido por ex-colegas como um nome de confiança por conta do contato que teve com o número 2 da Fazenda.

Cabe ao presidente da República a indicação dos nomes dos diretores. Os indicados passam por sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado e são, então, levados ao plenário para aprovação.

Segundo alguns veículos de comunicação, o presidente Lula já teria concordado com a indicação de Fróes, bem como a de Rodrigo Monteiro para a diretoria de fiscalização do BC. (Com informações da Folha de S. Paulo).

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